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Início Ciência e saúde

Como o autismo afeta a alimentação infantil e o que fazer para melhorar a nutrição

Por Gisele
20 de julho de 2025 - Updated On 4 de novembro de 2025
autismo

Imagem - Bestofweb/Canva

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O impacto do autismo na alimentação das crianças

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) envolve alterações no comportamento, na comunicação e na interação social, mas seus efeitos vão além dessas áreas. Um dos aspectos frequentemente observados em crianças com autismo é a relação complexa que elas estabelecem com a alimentação.

Entre dificuldades sensoriais, rigidez de rotina e comportamentos repetitivos, muitos pais e profissionais de saúde se deparam com obstáculos significativos no momento das refeições. Garantir uma alimentação equilibrada se torna um desafio constante, exigindo estratégias específicas e acompanhamento multidisciplinar.

Leia Mais:

Autismo em adultos: sinais, sintomas e quando buscar diagnóstico especializado

Por que o autismo influencia a alimentação?

Questões sensoriais e seletividade alimentar

Crianças com TEA costumam apresentar hipersensibilidade ou hipossensibilidade a estímulos sensoriais. Isso significa que elas podem reagir intensamente a cheiros, texturas, sabores ou até mesmo à aparência de certos alimentos.

Por exemplo, alimentos crocantes, com consistência gelatinosa ou cheiro forte podem ser recusados automaticamente, não por gosto, mas por desencadearem desconforto sensorial. Isso faz com que a criança limite suas escolhas alimentares a poucos itens com características previsíveis e toleráveis.

Preferência por rotinas e repetição

Outro fator comum no autismo é a necessidade de manter rotinas. Isso se reflete diretamente na alimentação. Muitas crianças autistas desenvolvem preferências rígidas, querendo consumir o mesmo alimento todos os dias, preparado da mesma forma, na mesma sequência.

Qualquer alteração — como um novo prato, marca diferente ou até mudança na apresentação do alimento — pode causar rejeição imediata, o que complica a introdução de novos alimentos.

Dificuldade na comunicação e na expressão de desconfortos

Nem sempre a criança autista consegue expressar verbalmente que está com fome, com dor de barriga ou que não gosta de determinado alimento. Isso pode levar a episódios de recusa alimentar ou comportamentos agressivos ou de isolamento durante as refeições.

O comportamento pode ser mal interpretado como birra, quando na verdade trata-se de uma forma de comunicação não verbal diante de um incômodo.

Riscos nutricionais e consequências à saúde

autismo
Imagem – Bestofweb/Canva

A alimentação limitada tanto em variedade quanto em quantidade pode causar deficiências nutricionais relevantes. Alguns dos nutrientes mais comumente ausentes ou em níveis abaixo do ideal são:

Fibras

A baixa ingestão de alimentos como vegetais, legumes e cereais integrais compromete a saúde intestinal, provocando constipação frequente.

Vitaminas A, C e D

A carência dessas vitaminas pode afetar o sistema imunológico, a visão, a integridade da pele e ossos, além da disposição geral da criança.

Minerais como ferro, cálcio e zinco

Esses nutrientes são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo, imunológico e ósseo. A falta de ferro, por exemplo, pode levar à anemia, enquanto a carência de cálcio compromete o crescimento.

Como identificar dificuldades alimentares no autismo?

Pais, cuidadores e profissionais devem estar atentos a alguns sinais que indicam problemas alimentares ligados ao autismo:

  • Recusa persistente a novos alimentos
  • Aceitação de apenas determinados tipos, cores ou texturas
  • Isolamento ou crises durante as refeições
  • Mastigação insuficiente ou dificuldades com talheres
  • Reações exageradas a cheiros ou à temperatura da comida

É importante ressaltar que essas manifestações devem ser observadas com regularidade. Um episódio isolado não é suficiente para caracterizar um padrão alimentar restritivo ou problemático.

A importância da equipe multidisciplinar

O acompanhamento com profissionais especializados é essencial para o desenvolvimento de um plano alimentar adequado. A equipe ideal deve incluir:

Nutricionista

Responsável por avaliar o estado nutricional da criança, propor substituições viáveis, suplementações, se necessário, e orientar os pais sobre como diversificar o cardápio sem provocar crises.

Terapeuta ocupacional

Especialmente os especializados em integração sensorial, ajudam a criança a tolerar melhor diferentes estímulos alimentares, promovendo avanços na aceitação de novos alimentos.

Fonoaudiólogo

Em casos onde há dificuldades motoras orais (como deglutição, mastigação ou respiração), o trabalho do fonoaudiólogo contribui para o desenvolvimento das habilidades necessárias para uma alimentação segura.

Psicólogo

Ajuda na compreensão e manejo dos comportamentos relacionados à alimentação, ansiedade e transições que envolvem mudanças de rotina alimentar.

Estratégias para melhorar a alimentação da criança com TEA

Existem abordagens que podem ser implementadas no dia a dia para auxiliar na introdução de alimentos e tornar o momento da refeição mais tranquilo.

Criação de um ambiente previsível e sem estímulos excessivos

Ambientes calmos, sem excesso de sons, luzes ou agitação contribuem para que a criança se concentre na alimentação. Pratos de cores neutras e poucos utensílios ajudam a reduzir distrações.

Introdução gradual de alimentos

A nova comida pode ser apresentada junto a um alimento já aceito, em pequenas porções, e sem cobrança para que a criança coma. O contato visual, tátil e olfativo deve ser estimulado antes da ingestão.

Envolver a criança na preparação

Permitir que a criança ajude a lavar, cortar ou montar o prato aumenta a familiaridade com os alimentos e pode despertar o interesse em prová-los.

Respeitar o tempo e os limites

Pressionar a criança a comer pode gerar aversão. É fundamental respeitar os sinais de saciedade e os limites individuais. A paciência e a constância são pilares no progresso alimentar.

Alimentação restritiva e dietas especiais: quando adotar?

Alguns pais optam por eliminar glúten, caseína ou corantes artificiais da dieta das crianças com TEA. Essas medidas devem sempre ser orientadas por um profissional capacitado, já que nem todos os casos se beneficiam dessas restrições.

Estudos científicos ainda estão em andamento para avaliar a eficácia de dietas específicas no comportamento autista, mas não há consenso médico. A retirada de grupos alimentares sem orientação pode piorar deficiências nutricionais.

O papel da família no processo alimentar

O apoio da família é indispensável. A alimentação deve ser um momento de afeto, incentivo e interação positiva. Pais e responsáveis devem ser instruídos a manter uma postura firme, porém empática, durante as refeições.

Pequenas vitórias devem ser celebradas. Um alimento que antes era recusado e passou a ser cheirado ou tocado já é um progresso significativo. O reforço positivo e a persistência são essenciais para a construção de novos hábitos alimentares.

Considerações finais

A alimentação de crianças com autismo envolve um conjunto de fatores sensoriais, emocionais e comportamentais que precisam ser compreendidos com atenção e respeito. O diagnóstico precoce, a escuta ativa e o acompanhamento com uma equipe especializada são fundamentais para garantir saúde e qualidade de vida a essas crianças.

Mais do que impor regras, é preciso criar pontes. Alimentar vai além de nutrir — é também um gesto de acolhimento, afeto e cuidado. Com orientação e estratégias adequadas, é possível transformar a hora da refeição em um momento menos desafiador e mais prazeroso.


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