A vida cada vez mais corrida e repleta de caos que somos submetidos a viver todos os dias está fazendo com que as doenças ligadas ao psicológico das pessoas se espalhem com uma rapidez absurda e façam mais vítimas de doenças como a depressão, ansiedade e transtornos psiquiátricos.
Uma pesquisa feita em Portugal, um dos países europeu que apresenta as mais elevadas prevalências de doenças mentais do continente, demonstrou que cerca de 11,8 milhões de embalagens foram vendidas em 2016, mais do dobro de 2013 (5,6 milhões).
Os especialistas ressaltam também que o consumo está começando cada vez mais cedo com o uso de tranquilizantes em crianças e jovem que sofrem com problemas de hiperatividade e déficit de atenção.
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O diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental de Portugal, Álvaro Carvalho, alertou que o uso de antidepressivos além de preocupar pelos níveis de consumo, também preocupa pela relação de dependência que esses medicamentos são capazes de criar com os pacientes que só terão os sintomas reduzidos, não curados.
No Brasil, a situação também é alarmante, segundo pesquisa da IMS Health, em 2016 a venda de antidepressivos e estabilizadores de humor cresceu 18,2%, totalizando um comércio que gerou R$ 3,4 bilhões, abaixo apenas do setor de analgésicos, cujas vendas foram de R$ 3,8 bilhões.
O uso de antidepressivos deve ser feito somente com a prescrição de um médico, e em casos que realmente sejam necessários, só ter o quadro de depressão não é suficiente. É preciso que exista o impacto nas atividades diárias. Aí o paciente precisa de tratamento que pode ser só psicoterapia, ou psicoterapia com medicação e em alguns casos só medicação.
Imagem / Reprodução Internet