Talvez você tenha notado que nos últimos meses muitas notícias relacionadas a abusos sexuais em trens, metrôs e ônibus estão aparecendo na mídia. Isso não é coincidência e basta olharmos os números e compararmos com o ano passado para percebermos o crescimento descomunal desses tipos de casos.
De janeiro até o final de setembro do ano passado foram registrados em São Paulo 240 boletins envolvendo abuso sexual no transporte público da cidade e nesse ano, no mesmo período, foram contabilizados 388, são 148 casos a mais, algo que parece até difícil de acreditar.
Esses números indicam um aumento de 61% e apesar disso, a Secretaria de Segurança Pública do Estado afirma que São Paulo é “pioneiro no aprimoramento de políticas de segurança no combate à violência sexual e de gênero e adota medidas para o combate a esse tipo de crime”.
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Esse é um problema de difícil solução, mas a promotora Fabíola Sucasas diz que é possível extinguí-lo e que devemos “repensar e reavaliar, em termos de sociedade, qual valor se dá à dignidade da mulher”. Ela ainda completa, “Nós precisamos realmente repensar nossa legislação. Obviamente que agora, no ano de 2017, vivendo no Brasil, existe uma mulher muito diferente daquela que existia em 1940. A todo momento, quando falamos em violência de gênero, é como se a sociedade nos impusesse o padrão da ‘bela, recatada e do lar e que se não seguir o padrão, ela merece ser violada, merece o assédio, o estupro, as cantadas de rua, o assédio sexual no espaço do trabalho.”
Mas além de leis mais rígidas, os especialistas são unânimes em dizer que as denúncias são muito importantes, pois é o único jeito da justiça saber exatamente onde deve agir e concentrar os esforços.
Fotos: Reprodução Internet











