Temperatura do ar-condicionado influencia na conta de luz: como economizar até 25% ajustando o aparelho corretamente
Com calor em alta, cresce o uso de ar-condicionado no Brasil
O verão brasileiro costuma trazer temperaturas intensas e sensação térmica elevada, fazendo do ar-condicionado um item indispensável em muitas casas, empresas e comércios. No entanto, a forma como o equipamento é utilizado pode gerar impactos expressivos na conta de luz. A simples escolha de uma temperatura inadequada pode aumentar o consumo energético em até 25%, segundo especialistas em eficiência elétrica.
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Por que 18°C não é a melhor escolha?
Muita gente acredita que ajustar o ar-condicionado para 18 graus Celsius vai resfriar o ambiente mais rapidamente. Porém, essa prática obriga o aparelho a trabalhar com maior intensidade, o que aumenta o esforço do compressor e eleva o consumo de energia.
Quanto mais o equipamento precisa reduzir a temperatura ambiente, maior será a carga elétrica utilizada para manter o local resfriado. Isso significa que, ao longo do mês, essa diferença pode pesar de forma significativa na conta de energia elétrica.
Diferença de poucos graus faz muita diferença
A cada grau a menos no controle, o consumo pode subir cerca de 3% a 4%. Ou seja, manter o aparelho constantemente em 20°C ao invés de 24°C pode elevar o gasto mensal em até 12%. E se esse uso for diário e prolongado, a variação se traduz em aumento de até 25% na fatura ao final do mês.
Qual a temperatura ideal para economia e conforto?
Recomendações de especialistas
De acordo com engenheiros e técnicos em climatização, o ideal é programar o ar-condicionado entre 23°C e 25°C. Essa faixa é considerada adequada para manter o ambiente confortável para a maioria das pessoas, ao mesmo tempo em que evita o sobrecarregamento do aparelho e o desperdício energético.
Além disso, os equipamentos modernos contam com funções como o modo “econômico” ou “sleep”, que ajustam automaticamente o desempenho do aparelho durante a noite ou em horários de menor uso, colaborando ainda mais com a eficiência.
Como reduzir o consumo de energia com o ar-condicionado
1. Faça manutenção preventiva
Manter o ar-condicionado limpo é uma das ações mais eficazes para garantir seu bom funcionamento. Filtros sujos reduzem a eficiência, exigindo mais energia para manter o resfriamento. A higienização deve ser feita periodicamente, especialmente em locais com muita poeira ou uso constante.
2. Verifique a vedação do ambiente
Portas e janelas mal vedadas permitem a entrada de ar quente e a saída do ar frio, obrigando o aparelho a trabalhar mais para manter a temperatura desejada. Utilizar vedações de borracha e fechar todas as frestas contribui para o isolamento térmico e reduz a perda de energia.
3. Evite fontes de calor próximas
Lâmpadas incandescentes, aparelhos eletrônicos e exposição solar direta aumentam a temperatura do ambiente e influenciam no funcionamento do ar-condicionado. Cortinas, películas protetoras nas janelas e a reorganização dos móveis podem ajudar a reduzir a influência dessas fontes de calor.
4. Prefira modelos com selo Procel A
Se você está pensando em adquirir um ar-condicionado novo, escolha modelos com maior eficiência energética, identificados pelo selo Procel A. Além disso, os aparelhos com tecnologia inverter, apesar de mais caros inicialmente, oferecem uma economia considerável ao longo do tempo.
5. Use o timer a seu favor
Muitas vezes, o ar-condicionado é deixado ligado por longos períodos desnecessariamente. Programar o desligamento automático ou reduzir o tempo de funcionamento já garante boa economia sem abrir mão do conforto.
O impacto financeiro de um uso consciente
Fazer uso inteligente do ar-condicionado pode representar uma economia de até 25% na fatura de energia elétrica, segundo levantamentos de associações do setor energético. Em uma residência com média mensal de R$ 300 em contas de luz, isso pode significar uma redução de até R$ 75.
E quando se pensa em empresas ou estabelecimentos comerciais que operam vários aparelhos simultaneamente, esse valor pode ultrapassar milhares de reais por ano. O custo-benefício de um uso eficiente é, portanto, significativo tanto no ambiente doméstico quanto no corporativo.
Sustentabilidade e responsabilidade energética

Além do impacto financeiro, o uso consciente do ar-condicionado também contribui para a preservação ambiental. A geração de energia elétrica no Brasil ainda depende, em parte, de fontes poluentes, como usinas termelétricas acionadas em períodos de alta demanda. Reduzir o consumo evita o acionamento dessas fontes e ajuda a preservar recursos naturais.
Além disso, o uso racional dos equipamentos evita a sobrecarga do sistema elétrico nacional, o que pode contribuir para a prevenção de apagões em momentos de pico.
Considerações finais: conforto térmico com responsabilidade
Ter um ambiente climatizado é uma necessidade real em muitas regiões do Brasil, mas não precisa ser sinônimo de desperdício ou de conta alta no fim do mês. Com pequenas mudanças de hábito, é possível manter o bem-estar sem comprometer o orçamento.
Manter o ar-condicionado entre 23°C e 25°C, cuidar da manutenção dos aparelhos, observar o tempo de uso e garantir um ambiente bem vedado são passos fundamentais para alcançar esse equilíbrio.
Economizar energia é uma atitude que beneficia o consumidor, o sistema elétrico e o meio ambiente. E tudo começa com um simples ajuste no controle remoto.

