Já ouviu aquele ditado que diz que “em coração de mãe sempre cabe mais um”? Bom, uma mulher chamada Rita Ribeiro da Silva chegou para provar que esse ditado está mais do que certo, ele fala um pouco sobre sua maneira de enxergar a vida. Há 11 anos, ela teve seu bebê trocado na maternidade e hoje nos prova que amor de mãe não tem limites.
Assim que ela recebeu seu bebê, Giuliano, percebeu que ele não tinha os traços da família e decidiu ir ao hospital apurar uma possível troca de bebês, em busca de seu filho biológico. Foi então que ela recebeu a notícia de que seu bebê poderia ter sido trocado com o de um casal que vivia na cidade vizinha, pois os dois haviam nascido quase no mesmo horário.
“Sou negra e o bebê era branquinho, de olhinhos claros. Aí o meu marido, também escuro, veio me acusando, dizendo que eu o tinha traído. Ele até saiu de casa”, contou Rita à imprensa.
Com isso, exames de DNA foram realizados pelas famílias e o resultado veio para mudar o rumo das duas famílias: os bebês realmente haviam sido trocados na maternidade. E seu filho biológico, Victor Hugo, estava vivendo com outra família.
Em casos como esse, o governo determina que as mães convivam em uma casa durante duas semanas, para que a troca dos bebês não seja tão dolorosa para as mães e também para os bebês. E foi durante essa experiência que Rita percebeu que a mãe biológica de Giuliano não tinha amor por seu filho e estava cuidando mal de Victor durante o tempo que esteve com ele.
![]()
“Quando recebi o Vitor Hugo de volta, ele estava com sarna e piolhos. Eu estava amamentando o Giuliano e passei a amamentar também o Vitor Hugo. Quando a outra mãe levou o Giuliano embora, fiquei com aperto no coração”, contou Rita, de acordo com o Vila Mulher.
Então, algum tempo depois, a mãe biológica de Giuliano acabou retornando e contando que não tinha condições de cuidar do bebê. Ao ver que a mulher recusava seu próprio filho, Rita resolveu lutar na Justiça até conseguir autorização judicial para ficar com as duas crianças. E ela conseguiu.
Hoje, 11 anos depois, o juiz que analisou o caso reconheceu que essa mãe – que sempre viveu em condições muito difíceis – merece ser indenizada por abrir espaço em sua vida e em seu coração para cuidar das duas crianças, superando um drama que poucas pessoas superariam em suas vidas.
Em testemunho, o advogado que cuida do caso afirmou que apesar de ser muito pobre e passar por condições muito difíceis, Rita tem um instinto maternal que a diferencia de muitas mulheres. Ela nos ensina uma lição muito poderosa sobre amor e cuidados, fazendo coisas que só uma mãe realmente poderosa faria.
Foto: reprodução












