O Irã, autorizou, na última quinta-feira, mulheres iranianas a assistirem ao jogo de futebol do Campeonato Iraniano, em Teerã. Essa foi a primeira vez em mais de 40 anos.
Isso porque as torcedoras foram proibidas de comparecer a jogos de futebol como espectadoras desde a Revolução Islâmica de 1979.
O clube da capital, Esteghlal, ofereceu balões, bandeiras azuis e flores para as torcedoras, de acordo com a agência de notícias oficial do país, Irna.
Pela primeira vez a torcida feminina do Esteghlal irá ao estádio Azadi (de Teerã) para apoiar sua equipe contra o Mes Kerman”, publicou o jornal local “Hamshahri”.
As espectadoras cantaram uma música em homenagem a Sahar Khodayari, torcedora do Esteghlal. Ela morreu depois de atear foto em si mesma, em 2019, por medo de ser presa por querer assistir a um jogo da equipe de futebol.
Na ocasião, a mulher apelidada de “a menina azul”, em referência às cores do time, tentou entrar no estádio disfarçada de homem.
Seu caso gerou comoção ao ponto de muitos pedirem que o Irã fosse impedido de participar de competições internacionais. E e que os jogos da seleção fossem boicotados.
A Fifa ordenou que o país permitisse o acesso das mulheres aos campos de futebol, depois do acontecimento.
Em janeiro, as torcedoras puderam assistir a partida entre a seleção do Irã contra o Iraque, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022.
Entretanto, alguns meses depois, as autoridades locais decidiram impedir mais uma vez a entrada de mulheres em um estádio no leste do país.












