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Aos 102 anos, mulher se torna a pessoa mais idosa do mundo a receber diploma de doutorado

Syllm-Rapoport, de 102 anos, nasceu em 1912 na Alemanha e em 1938 conseguiu fugir para os EUA devido sua origem judaica. Lá, se tornou médica pediatra e conheceu seu marido. Samuel Mitja Rapoport- falecido em 2004- com quem teve quatro filhos. Além de todas as dificuldades que enfrentou na vida e principalmente nos tempos de guerra, a mulher nunca teve a oportunidade de receber seu diploma de doutorado, até agora.

A clínica universitária de Hamburgo informou a entrega do diploma para Syllm que aconteceu no dia 08 de Dezembro de 2015. Em um comunicado eles estima-se que a médica seja provavelmente a pessoa mais idosa do mundo a receber um título como esse. “A senhora Ingeborg Syllm-Rapoport recebeu hoje solenemente seu diploma na clínica universitária de Hambourg-Eppendorf (UKE)”.

Syllm-Rapoport foi estudante de medicina de Hamburgo, trabalhou como médica assistente de um hospital israelita da cidade entre os anos 37 e 38. Nesse período escreveu sua tese de doutorado, consagrada à difteria. Porém ele nunca teve a oportunidade ante uma banca e obter sua tese para conseguir seu título de doutora, pois as autoridades da universidade eram nacional-socialistas e cumpriam às leis radicais com vigor, que a impediram de ir até o final de seu sonho devido por ela ser judia.

No último dia 15 de maio, aos 102 anos, ela passou com louvores na sua sustentação oral perante uma banca avaliadora integrada por 3 professores que foram de Hamburgo até a casa onde ela vive em Berlim. “Depois de quase 80 anos conseguimos (…) recuperar um pouco de justiça, e isso nos enche de satisfação” alegou o presidente do conselho de administração da UKE, Bukhard Göke, na cerimônia de entrega do diploma.

Quando o senador Joseph MacCarthy, em 1969, anunciou “caça” aos simpatizantes do bloco soviético, Syllm, comunista convencida igual ao marido, voltou para Alemanha, para a ex-RDA. Em 69 ela criou em um hospital berlinesnse da Caridade, a primeira cátedra de neonatologia da Alemanha. Atualmente ela vive em seu apartamento em Berlim oriental, num bairro antigo reservado a artistas e intelectuais privilegiados pelos governo da época. Convidada para dar entrevistas, ela gentilmente declina aos convites com uma desculpa simpática de que está muito cansada.

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