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aneurisma

Aneurisma cerebral: hábito comum aumenta o risco e especialistas fazem alerta

Uma ameaça silenciosa dentro da cabeça

O aneurisma cerebral é considerado uma das condições neurológicas mais perigosas da medicina moderna. Ele pode permanecer oculto por anos, sem manifestar nenhum alerta, até que um dia se rompe e provoca uma hemorragia cerebral com grande risco de morte. O que muitos desconhecem é que um hábito comum e ainda bastante difundido no Brasil está entre os principais agentes dessa ameaça: o tabagismo.

Junto à pressão alta sem controle, fumar tem sido apontado por diversos estudos como um fator fundamental na formação e no rompimento de aneurismas. Isso reforça um recado direto da comunidade médica: decisões cotidianas podem ter impacto decisivo sobre a saúde cerebral ao longo da vida.

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O que é exatamente um aneurisma no cérebro?

Quando a artéria se transforma em uma bomba-relógio

Dentro do cérebro, artérias conduzem oxigênio e nutrientes essenciais. Quando um ponto dessas artérias enfraquece, ocorre uma dilatação anormal da parede. Esse alargamento, que lembra uma pequena bolha, é chamado de aneurisma.

A grande ameaça é que essa estrutura pode romper a qualquer momento, liberando sangue dentro do crânio, onde não há espaço para expansão. O resultado pode ser devastador: sequelas graves imediatas ou até morte súbita.

Por que isso é tão perigoso?

Quando o aneurisma se rompe, o sangue escapa para regiões sensíveis do cérebro, interrompe o funcionamento neural e aumenta rapidamente a pressão intracraniana. O risco de óbito é elevado, e quem sobrevive pode enfrentar perda de visão, paralisias, dificuldades cognitivas e necessidade de reabilitação intensiva.

O que provoca aneurisma?

aneurisma
Imagem – Bestofweb/Freepik

Fatores que não podemos modificar

Existem elementos que aumentam a probabilidade do problema, mesmo sem escolhas pessoais associadas:

  • Histórico familiar
  • Alterações genéticas que enfraquecem vasos
  • Avanço da idade
  • Predisposição maior em mulheres devido à influência hormonal

Mesmo com hábitos saudáveis, alguns indivíduos podem desenvolver um aneurisma.

O que está ao nosso alcance mudar

Tabagismo: o vilão mais comum

Fumar introduz no sangue substâncias que lesam as paredes dos vasos, facilitando inflamações e diminuindo sua elasticidade. Isso cria o cenário perfeito para o surgimento de aneurismas. Além disso, quem fuma tem risco maior de ruptura, o que agrava sobremaneira os resultados.

Quanto mais anos de tabagismo, maior o perigo.

Hipertensão: o inimigo silencioso

A pressão alta exerce força contínua sobre os vasos sanguíneos. Essa agressão diária provoca microlesões que colaboram para a formação do aneurisma. Quando tabagismo e hipertensão se somam, o risco dispara.

Outros fatores que contribuem

  • Consumo excessivo de álcool
  • Drogas ilícitas como cocaína e anfetaminas
  • Colesterol elevado
  • Sedentarismo e obesidade
  • Alimentação rica em sal e processados

Como o corpo avisa?

Na maioria dos casos, ele não avisa

O aneurisma pode permanecer oculto até o momento da ruptura. É o que torna a situação tão preocupante: a pessoa vive sem saber que carrega uma estrutura frágil prestes a falhar.

Sinais que podem aparecer antes do rompimento

Quando há pressão sobre áreas próximas do cérebro, surgem sintomas como:

  • Dor persistente atrás do olho
  • Queda de pálpebra
  • Visão dupla
  • Dormência facial
  • Alteração na pupila

Esses sinais são um chamado para avaliação médica imediata.

Quando o aneurisma estoura

Os sintomas são intensos, imediatos e geralmente assustadores:

  • Dor de cabeça súbita e insuportável
  • Enjoo e vômito
  • Rigidez na nuca
  • Confusão mental ou desmaio
  • Convulsões
  • Dificuldade para falar ou se movimentar

A ruptura do aneurisma é uma emergência médica. A pessoa deve ser levada rapidamente a um hospital com estrutura de neurocirurgia.

Como se descobre o aneurisma?

Exames para confirmar o diagnóstico

Se há suspeita, os médicos recorrem a exames de imagem como:

  • Tomografia do crânio
  • Angiografia cerebral
  • Ressonância magnética

Essas tecnologias permitem visualizar o aneurisma, medir seu tamanho e definir o tratamento ideal.

Tratamentos que salvam vidas

Quando o aneurisma ainda está integro

A estratégia depende do risco individual. Em alguns casos, o paciente apenas é monitorado periodicamente. Em outros, quando o risco de rompimento é alto, a intervenção é indicada:

  • Clipagem cirúrgica, que bloqueia o aneurisma com um clipe metálico
  • Embolização endovascular, uma técnica menos invasiva que preenche a lesão com molas ou stents

Após a ruptura

O atendimento de urgência tem como objetivo interromper o sangramento, estabilizar funções vitais e prevenir complicações. Mesmo com tratamento especializado, há grande chance de sequelas neurológicas.

Dá para prevenir?

Sim, e a prevenção está em nossas mãos

As medidas mais eficazes incluem:

  • Não fumar, ou buscar ajuda para abandonar o cigarro
  • Manter a pressão arterial sob controle
  • Praticar atividades físicas de forma regular
  • Reduzir consumo de sal e alimentos ultraprocessados
  • Evitar álcool em excesso e drogas ilícitas
  • Realizar acompanhamento médico quando há histórico familiar

Pequenas mudanças diárias podem evitar grandes tragédias.

Perguntas comuns sobre aneurisma cerebral

Quem tem aneurisma pode viver normalmente?
Sim, desde que acompanhado por especialistas e seguindo rigorosamente as orientações médicas.

Toda dor de cabeça forte é aneurisma?
Não, mas uma dor intensa e repentina deve sempre ser avaliada em pronto atendimento.

Aneurisma tem cura?
Sim. Muitas vezes o tratamento elimina o risco totalmente.

Devo fazer exames mesmo sem sintomas?
Quem tem histórico familiar ou doenças que aumentam o risco deve conversar com um neurologista sobre exames preventivos.

Considerações finais

Saber que o aneurisma cerebral pode surgir sem aviso reforça a importância de investir em prevenção. Entender que o tabagismo e a hipertensão são grandes responsáveis por essa ameaça transforma a informação em ação: manter hábitos saudáveis pode ser a diferença entre uma vida plena e uma emergência grave.

Cuidar do cérebro é cuidar da própria vida. E ao abandonar um hábito prejudicial — como fumar — cada indivíduo dá um passo decisivo para reduzir riscos e proteger o futuro. Informação, prevenção e acompanhamento de saúde são o caminho para afastar um dos perigos neurológicos mais silenciosos e letais que existem.

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