Um exame de sangue comum para flagrar o Alzheimer mudaria muita coisa, por mais que as técnicas de diagnóstico tenham avançado nos últimos tempos.
E é isso o que buscam pesquisadores do LABEN (Laboratório de Biologia do Envelhecimento), ao lado de colegas de outros departamentos da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), no interior paulista.
O mesmíssimo time, coordenado pela bióloga e professora de gerontologia Marcia Cominetti, já causou espanto nos meios acadêmicos ao mostrar pela primeira vez no mundo que pacientes com Alzheimer apresentavam um aumento considerável de uma proteína no plasma sanguíneo, a ADAM10.
Servindo de biomarcador para a doença, a ADAM10 é, agora, o foco das atenções de uma nova pesquisa da UFSCar que procura voluntários para validar o teste de sangue.
Em alguns centros, exames de sangue que dosam a ADAM10 são realizados em um número pequeno de pessoas para fins de pesquisa.
Nos Estados Unidos, é bem verdade, uma empresa já passou a oferecê-los. Só que todos, até o momento, caçam essa proteína nas plaquetas, aquelas partículas envolvidas no processo de coagulação.
Mas acredite: dosar a substância no plasma, a parte líquida do sangue, tornará tudo ainda mais fácil.


