A educação é uma profissão capaz de moldar o caráter do ser humano. Vai muito além do conhecimento das disciplinas, por isso mesmo deveria chegar a todos. Mas, não é bem assim que acontece. Ser professor no Brasil é duro, exaustivo e pouco monetariamente recompensador. A paixão dessas pessoas pela profissão e pela vontade de ensinar é maior do que todas as dificuldades que enfrentam diariamente.
Porém, casos de violência nas escolas são cada vez mais comuns. Uma aluna de 16 anos foi denunciada por agredir a diretora e professora da Unidade Escolar Firmina Sobreira, em Teresina, no Piauí, ontem, dia 6. Ao que tudo indica, a mulher teria chamado a atenção da jovem pois ela estava sem o uniforme do local. E a reação dela não foi nem um pouco branda. Vídeos de outros estudantes mostram a menina, do 8º ano, desferindo socos, unhadas e puxões de cabelo à diretora, além de xingá-la e ameaçá-la.
De acordo com o capitão Antônio Carmo, da Companhia Independente de Policiamento Escolar (Cipe), a polícia foi acionada ao local por volta das 9 horas da manhã. Quando chegou lá, viu que a mulher tinha marcas nos braços e no rosto. A família da jovem alegou que ela sofre de problemas psicológicos (a identidade de ambas foi preservada):

“Quando chegamos, a briga já estava controlada e a professora tinha marcas de agressão nos braços e no rosto. Inclusive, a família da aluna e representantes da Seduc (Secretaria de Estado da Educação) já estavam no local. A estudante foi levada para casa pelos familiares. Segundo a família, ela passa por tratamento por conta de transtornos psicológicos”, disse Antônio. Ainda segundo a polícia, a diretora já registrou um boletim de ocorrência.
Declaração da Secretaria de Educação do Estado:
O órgão informou ao UOL que a diretora chamou a atenção de diversos alunos sobre o uso do uniforme, obrigatório em todas as escolas da rede estadual. A menina não usava nem a camiseta e nem a calça da unidade. A Secretaria de Educação do Estado ainda lamentou a agressão à profissional e repudiou a violência. Disse também que a menina em questão “apresentava problemas de socialização e vinha sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar, que também foi acionado”.
A 4ª Gerência Regional de Educação e da Companhia de Policiamento Escolar (CIPE) esteve na escola e para prestou assistência à diretora e apurou o caso, com um psicólogo e uma assistente social. O resultado dessa apuração será mandado para o conselho escolar para que seja assinada a transferência da estudante.
Casos como esse precisam receber uma atenção especial, para que não continuem a se repetir.
Foto: Reprodução/ Vídeo
Fonte: Uol













