“Ali acabou a palhaçada do ego.” Gianecchini revela como doença mortal o fez repensar a sua vida

Em entrevista no programa “Conversa com Bial”, da TV Globo, o ator Reynaldo Gianecchini abriu o jogo ao falar do quanto a espiritualidade e a perda do ego foram importantes para que ele fosse capaz de vencer o linfoma não-Hodgkin que enfrentou em 2011. O episódio não somente o deu forças para passar por cima da doença, como também o fez superar certa resistência que sempre teve a religiões.

“Nunca me encaixei numa religião porque todos os tabus me incomodavam, não sentia que o amor fluía com tantos dedos apontados na cara”, revelou o ator a Pedro Bial.

Gianecchini revelou também o quanto a doença o fez perder o ego e a modo como a experiência o fez enxergar a vida de uma maneira diferente: “A grande chave que me fez virar foi minha doença em 2011. Acabou o chão para mim, cabou a palhaçada do ego, tudo que tinha importância não fazia mais sentido. Eu não podia trabalhar, beijar na boca, ter relação sexual. Os brinquedos do ego foram descartados e ali só era eu e eu. Não tinha escapatória: eu tive seis meses para brigar, se não desse certo eu morreria”, disse o artista. “Entendi que tinha algo para aprender ali. Fui direto para o lugar da aceitação. Levei como um desafio instigante. Pude olhar para um lado muito bonito meu e profundo meu. Pude me olhar de verdade, pude buscar a minha força”, completou.

1. Reynaldo Gianecchini durante participação no programa Conversa com Bial – Foto: GShow

Durante a participação no programa, o ator esteve acompanhado de seu líder espiritual, Sri Prem Baba, a quem conheceu após passar por um momento de “vazio” em sua vida dois anos após se curar: “Quando fiquei curado, em 2012, ficou muito claro para mim que só o amor transforma. Não a religião especificamente, mas a espiritualidade. Dois anos depois da minha cura veio o grande buraco, minha mente me levou para um vazio. Minha vida de relação amorosa estava muito vazia. Esse vazio afetivo me levou a olhar o amor mais amplo, foi aí que a sincronicidade da vida me fez conhecer o Baba”.