Profecia de fim do mundo em setembro de 2025 viraliza e assusta internautas

Nas últimas semanas, um tema dominou as conversas online: uma profecia que aponta 23 de setembro de 2025 como a data do fim do mundo. A previsão ganhou notoriedade em redes como TikTok, onde vídeos com o termo RaptureTok passaram a circular com intensidade, despertando curiosidade, temor e críticas. O assunto reacendeu discussões sobre religião, ciência, fake news e a forma como boatos digitais se transformam em fenômenos globais em questão de horas.
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De onde surgiu a profecia de setembro de 2025?
A narrativa central
Segundo a versão mais compartilhada, em setembro de 2025 ocorreria o chamado “arrebatamento”: os fiéis seriam levados ao céu e os descrentes ficariam para enfrentar o caos. Essa interpretação foi vinculada a passagens bíblicas e reforçada por criadores de conteúdo que misturaram dados religiosos e eventos astronômicos.
A viralização no TikTok: o “RaptureTok”
No TikTok, milhares de vídeos começaram a surgir com a hashtag RaptureTok, reunindo alertas sobre o arrebatamento, pregações apocalípticas e até simulações de como seria a vida após o desaparecimento repentino de milhões de pessoas. O tom emocional desses conteúdos impulsionou ainda mais o compartilhamento, transformando o tema em tendência global.
Conexão com tradições cristãs
A ideia de arrebatamento tem raízes em passagens bíblicas, principalmente em 1 Tessalonicenses 4:17. Contudo, ao longo da história, tentativas de prever uma data específica sempre fracassaram. A própria Bíblia alerta que “ninguém sabe o dia ou a hora”, lembrando que previsões exatas costumam distorcer a mensagem original.
Repercussão do fenômeno

Entre fiéis e comunidades religiosas
Muitos fiéis se sentiram impactados pelas mensagens, intensificando orações e debates sobre fé. Pastores e líderes religiosos foram procurados para esclarecer dúvidas, enquanto igrejas discutiam a melhor forma de lidar com a avalanche de informações.
Entre críticos e céticos
Teólogos e estudiosos chamaram atenção para o perigo de se atribuir datas a eventos religiosos. Psicólogos ressaltaram que esse tipo de boato costuma prosperar em períodos de incerteza global, como crises econômicas e conflitos, pois oferecem sensação de explicação e propósito diante do caos.
A cobertura da imprensa
A profecia ganhou espaço em veículos de mídia, que explicaram o fenômeno e destacaram seus riscos sociais. Embora a maioria das matérias tratasse o tema como especulação, a repercussão ampliou ainda mais a curiosidade pública.
Por que teorias de fim do mundo se espalham?
Busca por respostas em tempos incertos
Em cenários de instabilidade, muitas pessoas procuram narrativas que tragam sentido e alívio. Profecias apocalípticas funcionam como válvula de escape para o medo coletivo.
O papel dos algoritmos
Redes sociais tendem a destacar conteúdos que geram forte engajamento. Vídeos apocalípticos despertam emoções intensas, como medo e ansiedade, o que garante mais visualizações e interações, retroalimentando o ciclo viral.
Tradição cultural do “fim dos tempos”
A ideia de datas-limite para o mundo não é nova. Da virada do milênio ao calendário maia em 2012, previsões semelhantes já capturaram a atenção global, sempre explorando o fascínio humano por catástrofes.
Impactos sociais e psicológicos
Efeitos individuais
Algumas pessoas relatam ansiedade, medo e mudanças de comportamento ao acreditar em previsões apocalípticas. Em casos extremos, há abandono de empregos, decisões financeiras precipitadas e rompimento de vínculos sociais.
Efeitos coletivos
Quando milhões discutem o mesmo tema, cria-se uma sensação de “realidade compartilhada”. Isso pode gerar pânico, mas também debates relevantes sobre religião, ciência e o papel da internet na propagação de crenças.
O que dizem especialistas?
Teólogos
Afirmam que previsões com data marcada distorcem a tradição cristã, que não apoia esse tipo de cálculo. Para eles, a mensagem central deveria ser espiritual, não cronológica.
Cientistas
Do ponto de vista científico, não há nenhum evento astronômico ou geológico previsto para setembro de 2025 que justifique a hipótese de catástrofe global.
Especialistas em comunicação
Analistas de mídia digital reforçam que o caso é exemplo clássico de como narrativas emocionais se tornam virais. Para eles, o RaptureTok mostra o poder da tecnologia em amplificar ideias sem qualquer comprovação.
O que esperar de setembro de 2025?
Embora milhões tenham discutido a possibilidade do “fim do mundo”, especialistas são unânimes: não há qualquer evidência concreta para sustentar a profecia. Assim como previsões anteriores, a tendência é que a data passe sem grandes acontecimentos.
O fenômeno, no entanto, já deixou lições importantes: como a internet transforma boatos em pautas, como a fé pode ser manipulada em ambientes digitais e como é fundamental pensar de forma crítica antes de compartilhar informações.

