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5 profissões universitárias que estão perdendo espaço no mercado de trabalho

As transformações tecnológicas, a digitalização de processos e o avanço da inteligência artificial estão remodelando o mercado de trabalho em ritmo acelerado. Com isso, algumas carreiras universitárias, antes consideradas promissoras e estáveis, estão enfrentando uma queda progressiva em sua demanda.

Segundo especialistas em tendências do trabalho e estudos recentes sobre o impacto da automação e da IA, certas formações acadêmicas já demonstram sinais de saturação ou perda de relevância, especialmente em áreas que dependem de tarefas repetitivas ou que não acompanharam a digitalização dos serviços.

Neste artigo, mostramos cinco profissões universitárias que vêm registrando retração nas oportunidades, explicamos os motivos por trás dessas mudanças e trazemos sugestões para profissionais e estudantes se adaptarem à nova realidade do mercado.

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1. Secretariado executivo e apoio administrativo

Redução de funções por automação de processos

A função de secretariado executivo, muito valorizada no passado por suas habilidades organizacionais, vem sendo fortemente impactada pela digitalização. Tarefas como agendamento de reuniões, gestão de documentos e organização de agendas estão sendo substituídas por softwares e assistentes virtuais baseados em inteligência artificial.

Reposicionamento para funções mais estratégicas

Profissionais da área ainda podem se destacar ao migrar para cargos com maior autonomia, como gestão de projetos ou análise de processos. No entanto, isso exige requalificação em ferramentas digitais, domínio de dados e pensamento crítico.

2. Contabilidade tradicional

Automatização de escrituração e processos fiscais

A contabilidade é uma das áreas mais impactadas por softwares especializados. Sistemas modernos já realizam cálculos, cruzamento de dados fiscais e geração de relatórios com mínima intervenção humana. Empresas de médio e grande porte têm reduzido suas equipes de contabilidade interna, optando por plataformas que integram todas as operações.

Especialização é o novo diferencial

Contadores que dominam áreas como planejamento tributário, perícia contábil ou compliance ainda são altamente valorizados. O diferencial está em assumir posições que demandam interpretação crítica e análise estratégica, e não apenas execução operacional.

3. Jornalismo e comunicação convencional

Conteúdos automatizados em crescimento

Softwares capazes de redigir textos, produzir resumos e até gerar matérias básicas já estão sendo utilizados em portais de notícias, especialmente em coberturas esportivas, financeiras e meteorológicas. Isso vem reduzindo o número de vagas para redatores e repórteres de base.

O que se mantém relevante

Jornalismo investigativo, análise de dados jornalísticos, checagem de fatos e produção de conteúdo multimídia seguem como áreas onde o fator humano ainda é indispensável. O futuro da comunicação está em combinar técnicas jornalísticas com habilidades digitais.

4. Profissões das ciências sociais e humanas

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Imagem – Bestofweb/Freepik

Baixa absorção no mercado privado

Formações em ciências sociais, filosofia, antropologia ou sociologia continuam essenciais para o pensamento crítico e análise da sociedade, mas encontram cada vez mais dificuldade de inserção no setor privado. O campo acadêmico, por sua vez, enfrenta cortes de investimento, o que limita oportunidades de pesquisa e docência.

Novas possibilidades fora da academia

Esses profissionais podem encontrar nichos em áreas como ESG (ambiental, social e governança), responsabilidade social corporativa, curadoria de conteúdo, análise cultural e políticas públicas, desde que ampliem suas competências técnicas e digitais.

5. Operações de entrada de dados e faturamento

Funções repetitivas substituídas por robôs

Digitadores, profissionais de controle de faturamento e entrada de dados têm sido substituídos por sistemas de automação, especialmente aqueles que utilizam RPA (Automação Robótica de Processos). A precisão e velocidade dos sistemas reduzem drasticamente a necessidade de trabalho humano nessas tarefas.

Oportunidades em áreas correlatas

A transição pode ocorrer para cargos de supervisão de sistemas, controle de qualidade da automação e análise de indicadores de desempenho, áreas que exigem perfil analítico e conhecimento em ferramentas tecnológicas.

Por que essas profissões estão em queda?

Avanço da tecnologia e redução de tarefas manuais

A automação e a inteligência artificial são hoje as principais responsáveis por reduzir a demanda por determinadas atividades. Processos que antes exigiam força de trabalho agora são realizados por algoritmos, robôs e programas que entregam resultados com agilidade e menor custo.

Mudanças no perfil das empresas

Com a busca por eficiência, empresas estão reduzindo áreas operacionais e investindo em profissionais que entreguem valor estratégico. Isso desloca a demanda para áreas mais técnicas, como ciência de dados, engenharia de software, segurança cibernética e gestão de inovação.

Desvalorização de alguns diplomas universitários

A relação entre formação universitária e empregabilidade está mudando. Alguns cursos perderam aderência ao mercado e não acompanham as habilidades exigidas hoje, como domínio de tecnologia, análise de dados e flexibilidade para aprender constantemente.

Como se adaptar a esse novo cenário?

Aprenda novas habilidades digitais

Independente da formação, aprender a usar ferramentas de automação, análise de dados e inteligência artificial tornou-se essencial. Profissionais com essas competências conseguem se reposicionar com mais facilidade em outras funções.

Desenvolva competências humanas

Criatividade, comunicação, empatia, ética e pensamento crítico continuam sendo habilidades insubstituíveis por máquinas. O ideal é unir tecnologia e competências humanas para oferecer soluções completas.

Invista em educação continuada

A lógica da formação única está ultrapassada. Hoje, é preciso manter um processo contínuo de aprendizado ao longo da vida profissional. Cursos de curta duração, certificações e especializações são estratégicos para quem deseja acompanhar o ritmo do mercado.

O que esperar do futuro?

Ocupações híbridas ganham espaço

O futuro do trabalho aponta para profissionais híbridos, que combinam formação acadêmica com habilidades técnicas. Exemplo: jornalistas que dominam análise de dados, administradores com expertise em marketing digital, contadores que entendem de inteligência artificial.

A formação técnica será mais valorizada

Com a reformulação de muitas funções, cursos técnicos e tecnológicos voltados à prática e ao uso de ferramentas digitais tendem a ganhar protagonismo nos próximos anos, em detrimento de cursos generalistas pouco conectados ao mercado.

Considerações finais

O mercado de trabalho está em plena transformação. Diversas profissões universitárias — que antes garantiam estabilidade e status — estão deixando de ser sinônimo de segurança. Isso não significa que essas carreiras irão desaparecer, mas sim que precisarão ser reinventadas. O profissional do futuro será aquele capaz de aprender continuamente, adaptar-se às novas demandas e se reposicionar diante das mudanças tecnológicas. Estar atento às tendências e buscar atualização constante é a melhor forma de garantir empregabilidade em um mundo cada vez mais automatizado.

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