Basta uma chuvinha na época de Primavera para um som típico dessa estação potencializar seu volume. As ninfas cigarras, muito conhecidas pelo ritmo barulhento da “cantoria”, vivem instaladas em troncos de árvores ou paredes à espera da metamorfose e do período reprodutivo.

A sinfonia começa a aparecer com a chegada Primavera e permanece em alta até março, com seus adultos em plenos pulmões. Apesar de espécies muito conhecidas, sua importância ecológica e os hábitos desenvolvidos não são tão famosos assim.
São conhecidas mais de mais de 1,5 mil espécies de cigarras em todo o mundo e cada uma delas apresenta um canto específico, com medidas em decibéis diferentes. É a própria emissão de som que vai permitir às populações diferenciarem o macho da fêmea e se relacionarem durante o acasalamento.
Na espreita
Apesar de surgirem, especificamente, nos períodos quentes, as cigarras se abrigam debaixo da terra por anos. Percorrendo túneis escavados, lá vivem de três a 17 anos (em caso de algumas espécies dos Estados Unidos), se alimentando da seiva das raízes, até que estejam prontas para o acasalamento.

O som do movimento
Ao contrário do que possa parecer, a cigarra não emite o som com a boca ou com alguma vibração vocal que realiza. É o esfregar das asas no próprio corpo, em um par de estruturas abdominais chamadas timbales, que consegue produzir e amplificar essa sinfonia.












