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4 Museus em que você ainda pode ver fósseis e meteoritos em São Paulo

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Museu de Zoologia Fiquei ansioso por pensar no que foi perdido no Museu Nacional e decidi visitar alguns lugares que deixei de lado por causa da rotina.

Na ressaca do que aconteceu no domingo (02/09), quando um incêndio destruiu o Museu Nacional em São Cristóvão, Rio de Janeiro, comecei uma sessão masoquista em que entrava em todas as matérias que listavam as relíquias históricas que haviam sido destruídas no acidente.

De todas as perdas, as que mais me tocaram foram as que costumavam permear a minha imaginação quando eu era criança, como: fósseis, múmias e meteoritos.

Todos estes itens estavam expostos na construção histórica que completou 200 anos em 2018. De acordo com alguns especialistas, a temperatura das chamas tira qualquer esperança de que muita coisa tenha saído ilesa e a coordenadora do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos da USP, Mercedes Okumura, comparou a perda do fóssil brasileiro “Luzia”, de 12 mil anos, com a destruição do quadro da Monalisa.

Não vou citar aqui um conteúdo introdutório que lista tudo que foi perdido deste acervo e a importância de cada um destes objetos. A essa altura vocês já devem estar cansados de saber, e eu triste só de pensar em repetir.

Isso me despertou um desejo de visitar urgentemente alguns dos lugares da cidade de São Paulo em que eu poderia ficar na presença de objetos tão importantes quanto estes perdidos. Quase como se eles estivessem na iminência de também serem levados por um incêndio. E foi isso que eu fiz.

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1. Museu de Zoologia

Ele possui um acervo com mais de 10 milhões de itens preservados, um dos maiores de América Latina. Além disso, guarda documentos que possuem informações únicas sobre algumas espécies e ecossistemas que hoje já nem existem mais.

“Esse patrimônio é fonte de dados importantes em biologia evolutiva, paleontologia, ecologia, e biologia molecular. Por sua vez, essa informação é utilizada em estudos de monitoramento ambiental, mudanças climáticas e bioprospecção, temas de grande relevância no momento atual.” (http://www.mz.usp.br)

Museu de Zoologia

Av. Nazaré, 481

Ipiranga

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Entrada: Gratuita

Horário de Funcionamento: Quartas a domingos (inclusive feriados), das 10h às 17h (entrada permitida até as 16h30)

Réplica Urso de óculos  

Crocodilomorfo: espécie extinta encontrada na zona oeste de São Paulo que viveu há 80 milhões de anos, no período cretáceo.  

Réplica Tigre Dentes De Sabre e Preguiça Gigante  

Prestossuco: espécie extinta encontrada no Rio Grande do Sul. Existiu no período Triássico, há 238 milhões de anos.  

Réplica Carnotauro: espécie encontrada na Argentina que existiu no período Cretáceo, 72 milhões de anos atrás.  

Réplica Tapuiassauro: Viveu há 160 milhões de anos (Cretáceo) e seus fósseis foram encontrados no norte de Minas Gerais.

2. Museu de Geociência da USP

A maior parte do acervo do MGUSP é formado por material coletado em campo por alunos e professores do curso de Geologia, além de doações particulares. O museu conta com mais de 15 mil amostras e a maior parte delas são de procedência nacional. (http://www.igc.usp.br)

Museu de Geociências

Universidade de São Paulo

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Rua do Lago, 562

Entrada: Gratuita

Horário de Funcionamento: Segunda a Sexta 08:30 ao 12:00 e das 13:30 as 17:00

Réplica T-Rex  

Espaço para brincar de escavação  

Diversos meteoritos e a MAIORIA é brasileiro.  

Meteorito de Itapuranga, GO  

Meteorito de Itapuranga, GO  

Fóssil de Pterossauro: Dinossauro brasileiro que viveu no nordeste do país há 228 milhões de anos, período Triássico.  

Eu não sei o motivo de alguém roubar areia de uma praia japonesa, mas aparentemente isso acontece!  

3. Estação Ciências

Se você mora em São Paulo e, assim como eu, cresceu entre os bairros da zona oeste e norte, com certeza já fez uma visita à Estação Ciências, no bairro da Lapa.

As escolas públicas da região faziam excursões mais de uma vez ao ano neste local e eu e meus colegas ficávamos ansiosos para o momento do passeio em que os professores explicavam sobre eletrostática, e faziam o cabelo das crianças subirem com o poder da física.

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Imaginem a minha decepção ao entrar no site do museu para me informar sobre os horários e descobrir que a EC está fechada, sem previsão de retorno.

“A Estação Ciência deixou o edifício que ocupava desde o início das suas atividades, na rua Guaicurus, 1394, Lapa.

Em função de sua mudança de local, o projeto acadêmico desse Órgão da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da Universidade de São Paulo passa por reformulação e, posteriormente, terá início a fase de estudos de seu espaço físico em outro local.” (www.eciencia.usp.br)

Foi uma sensação de remorso semelhante à do Museu Nacional. Especialmente porque agora sou vizinho do prédio em que a Estação Ciência costumava funcionar, e minha última visita ao local foi em 2007. Com certeza estarei presente no dia de sua reabertura.

4. Museu Geológico “Valdemar Lefèvre”

Outro cartão postal da cidade é o Parque da Água Branca, localizado próximo ao bairro de Perdizes. Uma das características deste parque é o fato de que o visitante pode conviver com animais, como: patos, gansos, galinhas e pavões livres.

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No centro do parque funciona, há 51 anos, o Museu Geológico Valdemar Lefèvre. “As exposições permanentes do Museu constituem-se, basicamente, de minerais, rochas, fósseis, objetos e documentos antigos, reunidos desde os trabalhos da Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulo, a partir do século passado.” (http://mugeo.sp.gov.br)

Museu Geológico “Valdemar Lefèvre”

Água Branca

Avenida Francisco Matarazzo, 455

Entrada: Gratuita

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Horário de Funcionamento: Segunda a Domingo das 09:00 as 17:00

Mandíbula encontrada em São Paulo, Pacaembu Paulista, de espécie que viveu no período Cretáceo.  

Fósseis de Titanossauros: dinossauros herbívoros que chegavam a atingir 12 metrossexual comprimento. São fragmentos do fêmur, costela, rádio, vértebras caudais e dorsal.  

Mesossaurídeos: um dos primeiros grupos de amniotas (animais cujos embriões são rodeados por uma membrana amniótica) a se adaptarem a um ambiente aquático.

Crânio de Homo Sapiens de aproximadamente 2000 anos, encontrado na região da Cananéia/SP.

Vale lembrar que esses são apenas 4 dos muitos museus que existem na cidade de São Paulo, e que a maioria deles são gratuitos ou possuem um valor quase que simbólico.

Espero ter te ajudado a decidir o destino de um dos passeios do próximo fim de semana.

Fonte: Reprodução Warner Bros

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