Essa história começa 300 anos atrás, em 1717, quando ainda existiam as capitanias hereditárias aqui no Brasil. (As aulas de história passaram pela sua cabeça agora? Calma, não vamos focar nessa parte… Não muito.)
Era tempo de descobrir e desbravar novas terras, então os navegantes embarcaram rumo ao Rio da Paraíba e os moradores da região quiserem recebê-los da melhor maneira possível: com um banquete digno de reis! E assim mandaram três pescadores atrás de peixes para o tal do almoço especial.
Filipe Pedroso, Domingos Garcia e João Alves encaram a missão mesmo sabendo que em outubro não era o mês de pesca farta, e antes de subirem em seu humilde barquinho de pesca logo rezaram para Nossa Senhora da Conceição pedindo segurança e fartura nos alimentos. Em seguida, lançaram a rede no rio diversas vezes e quando estavam prestes a desistir, conseguiram pegar algo… Não, não era um peixe. Era um corpo de gesso, uma escultura sem cabeça. Estranhando o fato de não haver nenhuma cabeça na estatueta, eles jogaram mais uma vez a rede e dessa vez veio a cabeça da santa que atendeu o chamado deles: Nossa Senhora.
Após o resgate da imagem, os pescadores contam o primeiro grande milagre que eles vivenciaram: pescaram tantos peixes que o barco quase virou. Naquela dia a fartura foi garantida! A notícia logo correu a região toda e assim nasceu a história da Santa “Aparecida” das águas.
Foi em 1888 que uma basílica foi construída próximo ao local do episódio e mais tarde, cerca de quarenta anos depois, o movimento dos fiéis consagrou a fundação do município de Aparecida, no interior de São Paulo. A santa só virou padroeira do Brasil em 1930, sendo chamada por quem a segue de “Nossa Senhora Aparecida”, que nesse ano celebra os 300 anos de seu advento (aparecimento).
Com apenas 36.000 habitantes (uma cidade considerada pequena para os paulistas), Aparecida do Norte está preparada para receber mais de 200.000 fiéis durante doze dias de comemorações, que se inicia no dia primeiro de Outubro.
Para os católicos a santa é símbolo de doçura, obediência, devoção a Deus e interseção ao altíssimo, tendo cada uma de suas partes um significado diferente.
As mãos:
Unidas na altura do coração simbolizam a oração, representando que ela mesma, enquanto viveu neste mundo, foi uma mulher de oração, e que agora, no céu, não cessa de rezar, intercedendo por todos os fiéis que por ela clamam.O manto:
Rico em significados, a cor azul simboliza o céu, os bordados em dourado simbolizam a realeza e ressalta que Nossa Senhora é considerada a rainha do Céu, a bandeira do Brasil bordada no manto, simboliza que ela é a Padroeira do país, a bandeira do Vaticano ressalta que a Virgem Maria é mãe da Igreja católica.
A coroa:
A coroa é para lembrar o quinto “Mistério Glorioso” que os católicos rezam no terço: a coroação de Maria como Rainha do Céu e da terra.
Hoje, dia 12 de outubro, é considerado o dia de Nossa Senhora Aparecida e assim, a santa milagreira da igreja católica abençoa a todos. Amém!
(FOTO: Reprodução Google, Nossa Sagrada Família, Canção Nova)
