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10 mitos sobre gravidez que a ciência já desmentiu

Durante a gestação, é comum que as futuras mães recebam uma enxurrada de conselhos, opiniões e advertências — muitas vezes vindos de parentes, vizinhos e até desconhecidos. O problema é que boa parte dessas orientações se baseia em mitos e tradições populares, sem respaldo científico.

Com o avanço da medicina e da pesquisa em saúde materna, muitas dessas crenças foram derrubadas por estudos consistentes. Neste artigo, reunimos 10 mitos sobre gravidez que ainda circulam, mas que já foram desmentidos pela ciência. A seguir, entenda o que é verdade, o que é exagero e o que pode, de fato, colocar a saúde da gestante e do bebê em risco.

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Mito 1: “Grávida precisa comer por dois”

Um dos mitos mais persistentes

A velha ideia de que a gestante deve “comer por dois” é um dos conselhos mais repetidos — e também um dos mais incorretos.

O que a ciência mostra

Estudos indicam que as necessidades nutricionais realmente aumentam, mas o acréscimo calórico é pequeno, principalmente nos primeiros meses. Comer em dobro pode causar ganho de peso excessivo, diabetes gestacional e pressão alta.

O que é indicado

O ideal é manter uma alimentação equilibrada, rica em proteínas, ferro, cálcio e vitaminas, priorizando alimentos frescos e variados. O acompanhamento com nutricionista ou obstetra é essencial para ajustar a dieta ao longo da gestação.

Mito 2: “Azia significa que o bebê nascerá cabeludo”

A origem da crença

Muitas gestantes acreditam que sentir azia é sinal de que o bebê nascerá com muito cabelo — um mito passado de geração em geração.

O que explicam os médicos

A azia é causada, na maioria das vezes, por alterações hormonais e pelo aumento do útero, que pressiona o estômago. Essa condição não tem relação com o crescimento dos fios do bebê.

O que fazer

O ideal é fazer refeições menores e mais frequentes, evitar deitar logo após comer e reduzir alimentos gordurosos ou muito condimentados. Se o sintoma for frequente, o médico pode indicar tratamento seguro.

Mito 3: “Grávida não pode ter relações sexuais”

O medo mais comum

Ainda há quem acredite que o sexo durante a gravidez possa machucar o bebê ou provocar aborto, mas essa crença é infundada.

O que dizem os especialistas

Em uma gestação saudável, sem complicações, as relações sexuais são seguras e não trazem riscos. O feto está protegido pelo líquido amniótico e pelas paredes do útero. Apenas em casos específicos, como sangramentos, placenta baixa ou risco de parto prematuro, o médico pode recomendar abstinência temporária.

Dica importante

A comunicação com o parceiro e o acompanhamento médico são fundamentais para que o casal mantenha uma vida sexual saudável durante esse período.

Mito 4: “O formato da barriga revela o sexo do bebê”

Um dos palpites mais populares

Barriga pontuda é menino, barriga mais redonda é menina — essa “teoria” é amplamente repetida, mas não passa de superstição.

A explicação científica

O formato da barriga depende de fatores como altura, postura, quantidade de líquido amniótico, tônus muscular e posição do bebê. Nenhum deles tem relação direta com o sexo da criança.

O que realmente define

Somente exames de imagem, como o ultrassom, são capazes de determinar com precisão o sexo do bebê.

Mito 5: “Desejos alimentares indicam falta de nutrientes”

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Imagem – Bestofweb/Canva

O que dizem as crenças populares

É comum ouvir que sentir vontade de comer certos alimentos, especialmente os inusitados, é sinal de que o corpo precisa de determinado nutriente.

A explicação médica

Embora as mudanças hormonais possam alterar o paladar e o olfato da gestante, nem todo desejo tem base fisiológica. O fenômeno é mais emocional e psicológico do que nutricional.

O que fazer

Manter uma dieta equilibrada e conversar com o obstetra sobre suplementação é a melhor maneira de garantir os nutrientes necessários, sem exageros ou privações.

Mito 6: “Gestantes não devem praticar exercícios físicos”

O mito do repouso total

Durante muito tempo, acreditou-se que grávidas deveriam evitar qualquer esforço físico, mas a recomendação atual é o oposto.

A posição da ciência

Atividades leves e moderadas, como caminhada, hidroginástica e alongamento, trazem inúmeros benefícios para mãe e bebê: ajudam na circulação, no controle de peso e na redução de dores lombares.

Cuidados necessários

Antes de iniciar qualquer prática, é importante passar por avaliação médica e respeitar os limites do corpo, evitando exercícios de alto impacto ou competitivos.

Mito 7: “Tintura de cabelo faz mal ao bebê”

O receio de intoxicação

O medo de que os produtos químicos possam afetar o bebê faz com que muitas mulheres evitem tinturas durante os nove meses.

O que mostram os estudos

As tintas modernas contêm níveis de substâncias seguras quando usadas de forma correta e em locais bem ventilados. A maioria dos especialistas considera o uso permitido após o primeiro trimestre, desde que o produto não entre em contato com o couro cabeludo.

Alternativas seguras

Optar por tonalizantes sem amônia ou produtos vegetais é uma forma de evitar desconfortos e reduzir ainda mais possíveis riscos.

Mito 8: “Viajar de avião é perigoso para gestantes”

O mito da altitude

Muitas pessoas acreditam que voar durante a gravidez aumenta o risco de parto prematuro ou complicações.

O que dizem as evidências

Viagens aéreas são seguras até o sétimo mês de gestação, desde que a mulher esteja saudável e tenha autorização médica. O maior cuidado deve ser com o conforto e a circulação — levantar-se durante o voo e beber bastante água são medidas recomendadas.

Quando evitar

Gestantes com histórico de trombose, pressão alta ou complicações devem discutir o tema com o obstetra antes de viajar.

Mito 9: “Tomar café prejudica o bebê”

O que se acreditava

Durante décadas, recomendava-se que grávidas eliminassem completamente o café da dieta.

A visão atual

Pesquisas recentes apontam que o consumo moderado — até 200 mg de cafeína por dia, o equivalente a duas xícaras pequenas — é seguro e não traz prejuízos ao feto. O problema está no excesso, que pode causar insônia, irritação e taquicardia.

A dica dos especialistas

O equilíbrio é o segredo. Além do café, é preciso considerar outras fontes de cafeína, como refrigerantes e chás.

Mito 10: “Grávidas não podem dormir de barriga para cima”

A origem do mito

Muitas mulheres acreditam que dormir nessa posição comprime o bebê ou prejudica a circulação.

O que explicam os obstetras

A posição lateral, especialmente sobre o lado esquerdo, é realmente a mais indicada, pois favorece o fluxo sanguíneo e o conforto. No entanto, dormir de barriga para cima por curtos períodos não causa danos significativos. O corpo da gestante tende a mudar de posição naturalmente quando há desconforto.

Como garantir boas noites de sono

Usar travesseiros de apoio entre as pernas e abaixo da barriga ajuda a reduzir o incômodo e melhora a qualidade do descanso.

Considerações finais

Os mitos sobre a gravidez persistem porque fazem parte da cultura e da tradição familiar, mas a informação baseada em ciência é a melhor aliada para uma gestação tranquila e segura. Consultar o obstetra regularmente, seguir as orientações médicas e evitar conselhos sem fundamento são atitudes que protegem a saúde da mãe e do bebê.

Com o acesso facilitado à informação, é possível derrubar crenças antigas e substituir o medo pelo conhecimento. Afinal, cada gravidez é única, e a melhor decisão é sempre aquela tomada com orientação profissional e respaldo científico.

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